quinta-feira, 19 de julho de 2012

O poder da música



Nesse meu início de férias, comecei a pensar numa coisa que eu gosto muito: música. Será que o seu propósito é apenas entreter ou existe algo a mais? Quais as consequências que a música pode gerar na vida das pessoas?
Existem músicas que possuem pensamentos críticos voltados para o contexto no qual elas são elaboradas. Exemplos que eu gosto são aquelas músicas compostas para “enfrentar” a ditadura militar de alguma maneira, como: Apesar de você, Cálice – Chico Buarque; Pra não dizer que eu não falei das flores – Geraldo Vandré; Alegria, alegria – Caetano Veloso. Essas, com certeza marcaram o contexto e eu me divirto imaginando como essas músicas chegaram a conquistar um grande público passando pela censura da época. São letras fortes com intenção social, fazendo dos seus autores não apenas cantores, como também grandes personalidades que colocaram as “caras” para conquistar um ideal que acreditavam, mobilizando outras pessoas.
As músicas, através de uma melodia agradável e uma letra que “fica na cabeça”, influenciam os indivíduos de uma maneira incrível. Podemos não perceber, mas elas funcionam quase que como um amigo nos aconselhando. Quando estamos tristes, as músicas lentas nos emocionam. Quando queremos ficar alegres e esquecer um pouco os nossos problemas, recorremos a músicas mais agitadas. As letras musicais muitas vezes nos confortam. Quando você perde algum namorado(a), sempre acha uma música que diz: “não se preocupe, você acha alguém melhor” ou então “Ele(a) te ama e vai perceber isso logo” ou algo tipo “Ser solteiro é bem melhor”. Todos somos indivíduos comuns com problemas comuns, por isso, as músicas sempre vão nos atingir nos diversos momentos da nossa vida.
Isso me preocupa muito. É muito fácil uma pessoa achar “legal” ou colocar como certas as ideias presentes nas letras musicais de seus ídolos. Digo isso porque, por exemplo, gosto do trabalho da Britney Spears e sei que ela tem um público muito grande. Fico imaginando como a música Criminal, seu novo sucesso, chega à cabeça de seus fãs. Na letra, “ela” conta que se apaixonou por um criminoso, diz que ele é assassino por diversão e banaliza muito a situação. Como já disse, a música, em geral, tem um forte poder de influência, então, mesmo que inconscientemente, será que tem gente achando que se apaixonar por um criminoso é bonito? Só porque essas palavras saíram da boca de uma artista famosa que possui um grande público? Com certeza.
Assim como existem músicas que foram marcos de mudanças históricas, trazendo conscientização positiva e melhorias sociais, existem também músicas que levam ideias negativas para mente das pessoas, apenas por entretenimento, sem ter a noção que podem ser nocivas na vida de alguns ouvintes.
Qual é a solução para esse problema? Não creio que a melhor alternativa seja a censura, pelo contrário. Devemos acreditar no discernimento dos autores de não criar letras destrutivas e prestar mais atenção naquilo que ouvimos. Nós podemos até ter uma boa percepção para saber que aquilo que está contido na letra é prejudicial, mas existem pessoas, como, por exemplo, crianças, que não possuem capacidade para se esquivar de uma influencia negativa, estando expostas a uma assimilação de ideias maléficas para sua vida.

Bela Pereira.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Usar drogas também é crime!




Acredito que grande parte das pessoas já tem conhecimento sobre a lei que foi aprovada recentemente sobre a descriminalização dos usuários de drogas. Lei que eu considero absurda se considerarmos o tanto de traficante que irá se “transformar” em usuário, ultimamente.
O que alimenta o tráfico é o vício, que pode levar as pessoas a fazerem inúmeras loucuras para mantê-lo. Concordo que isso pode considerado uma doença, mas só esse fato não deveria ser propulsor da impunidade do uso de substâncias consideradas ilegais no nosso país. Quando uma pessoa opta por experimentar drogas, ela já está cometendo um crime – o crime de alimentar o tráfico, fazendo parte dele.
Essa situação é uma das principais causas da violência no Brasil. Os “chefões” do tráfico mantêm as suas vendas através da dependência que os usuários possuem das drogas. São esses usuários que promovem a oferta – expandindo tal crime, e estão dispostos a roubar, matar, traficar e fazer qualquer coisa para obter a droga, mantendo seu vício. Então, a legalização desse uso afeta todos nós.
Há quem possa alegar que a lei foi aprovada devido à lotação das cadeias. Uma sugestão que eu tenho para isso é que seja aplicada uma alta multa às pessoas encontradas com drogas. Quando se mexe no bolso do brasileiro, as coisas tendem a se resolver. “Ah, mas e se a pessoa não tiver condições de pagar?” A pessoa tem condição para comprar droga e não tem condição para pagar uma multa? Também, devemos esperar do governo soluções como construção de novos presídios e não a legalização do uso de drogas (porque é isso que estão fazendo), colocando em risco a sociedade.
A problemática do mundo das drogas, com certeza, possui caráter social. O que leva uma pessoa a se envolver nesse mundo são as próprias pessoas que estão ao seu redor, sejam os pais desatentos, os amigos “más influências” ou até a mídia que pode instigar o desejo de experimentar algo “novo”. Portanto, o ideal seria que o governo promovesse mais campanhas informativas sobre as drogas e que a sociedade se atentasse mais a esse problema, dando maior assistência às pessoas próximas para que as mesmas não cometam o erro de começar o uso de tais substâncias.
Devemos lembrar que um erro não anula o outro. Assim como o Brasil adota medidas como o bolsa família (que gera uma satisfação momentânea, mas não duradoura) para se isentar de resolver a raiz do problema da desigualdade social, está aprovando a impunidade dos usuários de drogas. Dessa vez, achando que se isentará da responsabilidade de investir no combate ao tráfico, no tratamento dos usuários viciados, na construção de novos presídios, nas campanhas de conscientização contra as drogas... Vamos ficar atentos!

Por Bela Pereira