sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Do Direito à Psicologia



Nesse fim de ano, resolvi fazer uma mudança essencial na minha vida. Bom, muitos sabiam do meu interesse em me formar no curso de Direito e me tornar promotora de justiça. Pois é, esses planos se modificaram. Agora, digo com muito orgulho e certeza que optarei pela carreira pela qual acho que vale a pena viver e lutar. Quero seguir minha vocação e paixão. Não se espantem: agora, quero ser psicóloga.
Muitos recebem essa notícia com certo espanto – “Nossa, mas são carreiras tão diferentes!” Alguns, com certeza pensam na menor visibilidade que o curso possui. Outros nem se quer acreditam na psicologia. Vários, para minha alegria, comentam: “Esse curso é muito mais a sua cara!”
É claro que me encanto com as teorias, dinâmicas e mistérios da área da psicologia. Entretanto, como cidadã, não posso deixar de pensar na forma aplicada dessa ciência na sociedade.
Desde que comecei a pensar o mundo e me deparar com as atrocidades que ele apresenta, sempre me pego refletindo sobre o que fazer e aonde vamos parar se as coisas continuarem da maneira que estão. Nunca encontrei uma resposta concreta. Capitalismo, socialismo? Nada me parece suficientemente eficaz. Parece que independentemente do que acontecer, todos nós caminharemos sempre para o mesmo e inevitável buraco.
Será que existe um modelo de mundo perfeito? Um conjunto de leis e procedimentos ideais? Sempre chego à mesma conclusão: não existe. Até mesmo dentro de casa, quando duas ou mais pessoas moram juntas, é impossível sempre entrarem num acordo. Então, como conseguiremos convencer toda uma sociedade a possui a mesma opinião? Por isso, sempre chego ao mesmo ponto quando se trata de discutir a fonte dos problemas sociais que temos: tudo é culpa do próprio caráter e personalidade humana. Parece óbvio, e, na verdade, é. Não se confundam: eu não sou nenhuma revoltada que odeia qualquer tipo de pessoa, pelo contrário. Eu amo pessoas, acho-as fascinantes.
Dessa forma, ao pensar em meios para sociedade evoluir beneficamente, devemos, sim, pensar em políticas eficazes, mas devemos, sobretudo, pensar nos seres humanos individualmente.  Os principais problemas sociais iniciam pela vontade humana de modificar seu ambiente físico ou psicológico.
Portanto, fico tranquila com relação àquela minha vontade toda de melhorar e deixar minha marca no mundo. Como qualquer cidadão, sei que nosso país necessita de mudanças e sempre, quanto mais eu estudo, mais percebo que essa mudança deve começar dentro de cada pessoa. Então, minha vontade de justiça e de melhorar o convívio social está mais forte do que nunca. Apenas mudei um pouco de estratégia para alcançar a cidadania plena. Ao invés de pensar na sociedade de forma macro, quero pensar de forma individual para posteriormente, alcançar resultado generalizado.
Afinal, se não podemos interferir na política com garantia total de que a próxima maneira de governar será eficaz, por que não começar ouvindo, analisando e ajudando as pessoas para, assim, ajudar o mundo? Por que não?

Isabela Pereira.

3 comentários:

  1. Haha, curti demais, Psicologia é mesmo sua cara, mas vc tbm se daria muito bem no Direito.

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  2. Vc é uma em um milhão,pessoas como você infelizmente estão cada vez mas escassas! Jovem,inteligente e linda,poderia estar apenas curtindo a vida a 1000 por hr,mas não,se envolve com temas como "cidadania",coisa que muitos da sua idade não sabem nem o que é! Parabéns,e tenho certeza que seja qual for a carreira que vc vá seguir,será uma excelente profissional condizendo com sua pessoa!

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  3. Boa tarde,

    Meu nome é Márcio, sou estagiário do departamento de divulgação da Juruá Editora e gostaria de lhe fazer uma proposta de parceria. Caso tenha interesse em saber mais detalhes, peço a gentileza de que entre em contato no e-mail divulgacao@jurua.com.br.

    Agradeço a atenção.

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